segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

TÁ NA MESA!

Eu realmente morro de inveja das minhas tias. Pensem em um monte de gurias magriiiinhas e que comem sem medo de ser feliz. Todos os dias eu me pergunto o porque de não ter nascido com esse gene.

Posso até não ter nascido com o gene certo, mas com certeza nasci na cidade certa. Eu adoro gastronomia. Cozinhar e sair para comer são uns dos meus maiores prazeres.

São Paulo tem o título de "Capital Mundial da Gastronomia". Não é a toa, são 12,5 mil restaurantes, 52 tipos de cozinhas, 500 churrascarias, 250 restaurantes japoneses, 15 mil bares, 3.200 padarias, 10,4 milhões de pãezinhos por dia e 7.200 por minuto, 1.500 pizzarias, 1 milhão de pizzas por dia, 720 por minuto, 2.000 opções de delivery (fonte: São Paulo Convention & Visitors Bureau). Dá pra engordar 1 kilo só em ler isso.

O mais incrível é que não são só os grandes restaurantes que faz a fama da cidade. As vezes é aquela portinha, aquele boteco que guarda grandes segredos. Quem nunca comeu um bom "PF" num boteco se mata. Tinha um que meu pai sempre me levava quando eu era criança ali na Lapa que guardo o sabor da comida até hoje. Ou então, um árabe que tem ali na região da 25 que eu não sei o nome, mas é bem pequeno e a esfiha deles é sensacional. Sem contar o tiozinho do Shopping da Lapa. Ele deve ter todos os anos (como diria o Chaves), porque desde que eu me conheço por gente, ele já era velhinho. O dog dele é o mais caro, o que vem menos "coisas" e a fila faz volta no quarteirão. Só comendo pra entender.

Se existe algo que paulistano adora é padaria. A cada dia, elas estão cada vez maiores e o bom e velho pão francês se tornou um mero coadjuvante. As 24 horas vivem lotadas e servem aqueles festivais de sopa deliciosos, ótimo pra curar a "kátia". Fora os sandubas hummmmm. Tem uma em especial que eu frequento muito: A Lareira. Ela fica estratégicamente no bairro do Limão, um reduto de sambistas. Durante os ensaios das escolas, é normal você achar pessoas de várias agremiações comendo um lanchinho depois do ensaio. Beeeem bom!!

Eis o famoso pastel de bacalhau do mercadão.

Pra quem gosta de cozinhar, ir ao Mercado Municipal é o mesmo que levar um acoolatra pro bar. A diversidade de produtos de qualidade é impressionante. São frutas, condimentos, peixes, carnes, verduras, legumes, queijos, antepastos, pães e muito, muito mais. Itens que você muitas vezes nunca ouviu falar. Quando vou até ao mercado, tento levar o dinheiro contado, repetindo o mantra: "Amanda, você vai gastar só X. Amanda. você vai gastar só X".. E é claro que o X vira Y porque eu nunca resisto e levo sempre a mais. É lá que você encontra outras 2 tradições paulistanas: O famoso sanduiche de mortadela do mercadão e o pastel de bacalhau. Pra ser sincera, eu acho o sanduba muito grande (e olha que eu adoro mortadela) e o pastel, pra quem gosta de bacalhau é um prato cheio, vem bem recheado. Tem também alguns restaurantes no andar de cima que são muito gostosos, vale a pena conhecer. Se bem que quando eu vou até lá, eu gosto mesmo é de almoçar degustando. Vou a barraca de queijos: provo. Na de antepasto: provo. Na de frutas: provo. Na de legumes: provo. Pronto, almocei. O problema é que nessas eu já deixei uma fortuna em cada uma das barracas e chego a comprar coisas que nem sei o que fazer com ela. Levo e descubro depois (nem sempre dá certo, diga-se de passagem).

As revistas e jornais sempre postam suas listinhas com "Os Melhores de São Paulo". Bem, fiz abaixo o que, pra mim são os melhores de Sampa:

Petisco = A imbatível coxinha do Frangó. Alem de degusta-la, o bar possui a maior carta de cerveja do país. Pra quem gosta da "lora" (que lá pode ser morena, ruiva, negra e até japonesa) tem que conhecer o lugar.

Japonês = O Mori Sushi tem um sushi flambado no conhaque (que chega na mesa ainda em brasa) que é de comer de joelhos.

Italiano = Cantinas do bexiga.. salivei só de pensar... Tem uma em especial, a Roperto que tem o melhor espaguete bolognese do mundo (bem, pelo menos pra mim). Ah eu também gosto muito da Famiglia Mancini, isso claro, quando consigo entrar. Agora se você pode pagar, o Due Cuochi Cucina vale a visita com certeza.

Um dos hamburgueres do GPB.. 
Hamburguer = Eu adoro hamburguer e Sampa tem várias hamburguerias muito boas, mas o General Prime Burguer além do lanche ser divino, tem o espetacular milk shake de nutella. É pra mandar o regime pras cucuias.

Churrascaria = Bem, eu não sou lá uma grande apreciadora de churrascaria, mas São Paulo tem milhares delas e pra todos os bolsos. Mas com certeza a Fogo de Chão ainda se mantém imbatível (e cara).

Cozinha Rápida = Não precisa me conhecer muito pra saber que eu sou super fã do Ráscal. Lá é pra se comer muito. A última vez que fui lá, miou a baladinha porque não tivemos forças depois nem de levantar da cadeira. Se não tomar cuidado, você se acaba só na mesa de antepastos e nem chega ao final que acredite, vale a pena. A torta de maçã com sorvete e creme inglês deles é maravilhosa. A-DO-RO.

O Suflê de goiabada com Catupiry 
Sobremesa =  Eu não sou lá fã de doces, mas tem uma sobremesa que realmente me quebra (além da Cinnamon Oblivium do Outback, claro) é o suflê de goiabada com calda de catupiry do Carlota. Tenho a cara de pau de ir até lá só pra comer a sobremesa. Não que o restaurante seja ruim, ao contrário, é muito bom, mas o que ele tem de bom, ele tem caro.


Pizza = Eu gosto de pizza de massa fina e pra eu saber se uma pizzaria é boa, eu como sempre a pizza de mussarela. Se for aprovada, posso ir em frente. Gosto muito da Esperança e da Bros.

Mexicano = Uma das culinárias que eu mais gosto é a mexicana e pra mim, o melhor ainda é o El Kabong, que leva em seus prato essa coisa do TexMex. Ai, ai, aiiiiiii.

Top dos Tops = D.O.M. do meu ídolo Alex Atala. Mas aviso (e desanimo): é pra quem tem bala. Além disso, a fila de espera é enorme. Não é pra menos, o Alex (já íntima) é considerado um dos melhores Chefs do mundo, além de ser um charme só (Jesus me abana, eu vou e volto).




Me desculpe se eu me empolguei e o post ficou grande, mas é que o tema dá pano pra manga (como diria minha mãe). E quando o assunto é comer, São Paulo tem pano pra fazer a roupa toda.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

SÃO PAULO É TUDO DE BOM!

Quando eu volto pra casa, tenho a nítida sensação de que cheguei ao centro de tudo que vi estrada a fora. São Paulo é um enorme caldeirão de coisas, pessoas, acontecimentos, encontros, desencontros e é grande o suficiente para caber tudo isso.

Só quem é paulistano (ou quem mora aqui) conhece o sentimento de amor e ódio por esse gigante que de adormecido não tem nada. Por isso, o tema de hoje será dividido em 3 posts: compras, gastronomia e entretenimento. Um só não seria suficiente para falar da monumental e problemática São Paulo.

O comércio é feito de oportunidades: ter quem venda e ter quem compre. Se levarmos em consideração que São Paulo é a cidade com o maior PIB brasileiro, chegando a ser maior do que o PIB muitos países, você pode ter uma ideia da bomba-relógio (pelo menos para o seu cartão de crédito) que ela se torna. Só shoppings são 80, do mais popular ao uberchic Cidade Jardim. Lojas então... aqui não é "a loja de decoração", é uma rua inteira. E aqui tem rua pra tudo, se você quer:

Vestido de Noivas - Rua São Caetano, Centro
Eletro-Eletrônicos - Rua Santa Ifigênia, Centro
Instrumentos Musicais - Rua Teodoro Sampaio, Pinheiros
Decoração - Rua Gabriel Monteiro da Silva, Itaim
Carros Importados (top dos tops, diga-se) - Avenida Europa, Jardins
Móveis - Rua Teodoro Sampaio, Pinheiros (sim, é mesma lá de cima. No inicio são móveis, no final são instrumentos musicais)
Grandes Grifes - Rua Oscar Freire, Jardins
Roupas - Rua José Paulino, Centro
Cama, Mesa e Banho - Rua do Oriente e Maria Marcolina, Brás
Flores - Avenida Doutor Arnaldo, Pinheiros
Acessório para Carros - Avenida Duque de Caxias, Centro
Antiguidades - Rua Cardeal Arco Verde, Pinheiros

E acreditem, a lista acima vai longe. Tem a rua dos chapéus, equipamentos para restaurantes, locadoras de carros, uniformes, artigos de caça e pesca, instrumentos cirúrgicos, ferramentas, cordas, essências e até artigos evangélicos. O que você precisar, tem endereço certo.

Sem considerar a rua das ruas: a enlouquecedora 25 de Março. O que você quiser, tem lá. Eu tenho certeza de que um dia eu encontro alguém vendendo a mãe. "Olha ai, freguesa. Mãe semi-nova R$ 10,00  (leia-se dérreal)". É impressionante o fascínio que esse lugar causa. Todo e qualquer turista que vem a cidade, coloca em sua agenda uma visita por lá. São milhares de pessoas por dia andando pra lá e pra cá, parece um grande formigueiro. Essa época do ano então, é intransitável. A dica é tentar chegar bem cedo (8 horas), acompanhando as aberturas das lojas e de preferência ir com um foco de compra, assim você faz tudo rápido e foge da bagunça que começa por volta das 10 horas e BOA SORTE, você vai precisar.

Eis a 25 de Março. Vai encarar?

Além das super ruas, as feiras da cidade são de enlouquecer qualquer consumista. Tem as de artesanato como a da Benedito Calixto (sábados), República e Trianon (domingos) . Para quem gosta de produtos orientais, a feirinha da Liberdade (domingos) é um "plato cheio, né?". Mas se você ama aquela máquina de moer que era do seu avô, a feira do Bixiga (domingos) é pra você, só antiguidades.


Um típico sábado na Praça Benedito Calixto

Ou seja, se o seu negócio é gastar, São Paulo é a cidade certa. Tudo o que você quer e/ou precisa tem aqui. Pra todos os gostos e bolsos. Faça a sua oração para Nossa Senhora dos Devedores e BOAS COMPRAS!!

sábado, 4 de dezembro de 2010

NÃO HÁ LUGAR COMO O NOSSO LAR

Éhhhh... sábia Dorothy...

Viajar é bom! Mas voltar pra casa é melhor ainda, mesmo se você está de férias. Por mais que tudo seja incrível, chega um determinado momento em que não há restaurante tão bom quanto o tempero da sua mãe, nem cama tão confortável quanto a sua.

As vezes saio do aeroporto e vejo aquelas pessoas sendo recebidas por namorado(a), mãe, pai, avó, tia, papagaio.. Ah que lindo! Muitos abraços e até lágrimas. Dá até um pouco de inveja, nunca tem ninguém pra me receber quando chego (momento carência :S). Será que é porque eu faço isso o tempo todo? rs.

Tudo bem que junto com chegar em casa, está o desarrumar a mala (que venhamos, é um saco). Quando eu chego, vejo a mala, a minha cama, a mala, a minha cama e adivinha quem ganha?

As vezes deixo um ou dois dias ela lá.. liiiiinda. Só tiro a roupa suja, que sempre coloco num saco separado pra facilitar, depois eu tenho a pachorra de fecha-la de novo e a deixo lá... só olhando pra mim enquanto eu curto a preguiça (na maioria das vezes, o cansaço mesmo).

Lembram quando eu contei que, na minha última viagem a Orlando com o meu irmão, trouxemos a casa? Pois é, pra caber tuuuudo em 6 malas, fizemos uma verdadeira operação "Missão Impossível", dava até pra escutar a musiquinha de fundo - http://www.YouTube.com/watch?v=JtyByefOvgQ.

Desmembramos tudo que era possível. Um tapete desses de bebê que tem um monte de coisinhas penduradas virou um monte de peças espalhadas por TODAS as malas. Roupa minha com roupa de neném, com roupa do meu irmão, com toalha, com roupa da minha cunhada, com lençol. Todo o mundo junto e misturado.

Agora imagine abrir essas malas depois de horas de vôo + confusão com as malas + policia federal + sobrinho ansioso + cunhada ansiosa + irmão eufórico + você tentando montar o tal do tapete...  CAOS.

Pra quem não sabe, prazer, sou um tapete de bebê (montado corretamente, claro)

A parte boa fica pra mamis, que como alguns de vocês sabem, cozinha quase nada e me mima tanto quanto. Liguei pra ela do aeroporto implorando por uma sopa de ervilhas (o porque da sopa eu não sei). Huuuum, delicia. Parecia uma retirante que não via comida a dias. Detalhe: estava um p%$¨ calor.

Estar em casa com as pessoas que você ama não tem preço. Se bem que em algumas dessas viagens, você tem que se despedir de pessoas ao qual você cria um afeto muito grande. É a parte (muito) ruim de voltar pra casa (além da nossa amiga mala).

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