quinta-feira, 25 de novembro de 2010

PISA FUNDO MOTORISTA!!!

ATENÇÃO: Esse humilde blog está encorpando e agora temos até um "consultor": Renato Carvalho. Para os "Atlanticanos", o mesmo dispensa apresentações. Para os "normais", Renato é o SER que eu conheço que mais transita Brasil a fora, ou seja, know-how para dar seus pitacos aqui ele tem de monte. Então, a partir de agora, leiam o post e acompanhem os comentários logo abaixo. Nos dois últimos já tem recadinho dele. Dêem uma olhadinha! Agora segue o texto da semana. Boa Leitura!!

Nem só de pão vive o homem e nem só o avião é o meu meio de transporte. O bom e velho ônibus tem historia. Quem nunca pegou um pra descer ao litoral ou para visitar aquela tia no interior levante a mão.

Quando eu era criança, minha mãe era guia  e levava excursões com senhorinhas para Barra Bonita, mulherada para Ibitinga, romeiros para Aparecida e muambeiros pro Paraguai (para comprarem os famosos videocassetes JVC - 4 cabeças, um "must" na época). Como eu era pequena (siiiiiiiiiiiiiim, eu um dia fui pequena), dormia no corredor linda e era bem divertido. Como quase sempre eu era a caçula do ônibus, vivia ganhando presentinhos: bonequinha das senhorinhas, toalhinha bordada da mulherada, santinha dos romeiros e bugigangas de todos os tipos dos muambeiros. Inclusive, essas viagens ao Paraguai merece um post exclusivo. Aguardem.. rs

Anos depois (e metros a mais de perna), fui querer ter amigos lá pelo sul... são 9 horinhas de bus até o destino, ou 6 quando eu ia a Curitiba. Isso, claro, sem contar os percalços.

Carnaval de 2006:  Eu desfilei e viajei na seqüência. Bem, o que era 9 virou 17 num ônibus lotado. Ou seja, não se viaja NUNCA no carnaval de onibus. É literalmente pagar pra sofrer. Tudo bem que chegando lá, valeu cada minuto a mais de viagem e ganhei até a faixa de Rainha do Carnaval da cidade hehehe.

Qualquer meio de transporte coletivo você tem que praticar o teste de convivência. São outros + você num ambiente comum. Seja ele avião, onibus, trem ou pau de arara. Você pode ter muita sorte de sentar alguém ao seu lado super legal, ou aquele que não fede nem cheira e até mesmo o homem (ou mulher) dos seus sonhos (pula essa, isso definitivamente NÃO vai acontecer). Mas também você pode ser o “premiado” com:

“O PREGADOR DA PALAVRA”  - Aquele que não vai sossegar enquanto não lhe converter, seja lá pra que religião for. Uma vez sentou um querendo me converter ao budismo. Eu respondi: Você tem um folhetinho? Ele me disse: Tenho – e tirou um papel da mala e me deu. Eu respondi: Ahh ótimo. Estou super cansada e preciso dormir um pouco. Mas prometo ler com atenção depois, obrigada – me virei e dormi .

“A CRIANCINHA FOFA” - Papai do Céu, eu sei que eu ei de ser mãe e não posso falar da criança alheia, mas quando elas começam a chorar, normalmente dura o resto da viagem. É de enlouquecer!

“O FÁBIO JR. DEPOIS DA GRIPE” – Esse quem sofre é a mulherada. É aquele que falta cantar “Carne e unha, alma gêmea, bate coração”. Putz, o cara ao lado te xavecar da maneira mais infame o caminho todo é pra chorar. Nesse caso, avise ao galanteador que as metades da laranja apodreceram e DURMA.

“O EXTRA GG” –Infelizmente a junção companheiro de viagem com muitos kilos a mais + você = não se mover a viagem toda.

“A TURBINA DE AVIÃO” – Fazer uma viagem de horas com um ser humano roncando é pra se jogar da janela.

“A GALERA” – Vamos deixar uma coisa bem clara: Bagunça em ônibus ou avião, só é legal quando você faz parte dela.

Isso sem contar o que se leva no bagageiro. É  neguinho com caixas e mais caixas, violoncelo, galinha.. só falta levar a mãe embrulhada no Silver Tape.. é maluco.

E toca para Quixeramobim!!

Mesmo assim, esse velho meio de transporte ainda consegue ser bem mais confortável que avião, mas sempre leve em consideração que a viagem é mais longa. Então, se o percurso tem mais de 6 horas, o negócio é ir de leito pra compensar. Dá pra dormir a viagem toda. Uma beleza! Como sempre gosto de ficar na janela para ter o apoio e encostar o travesseiro, se o seu companheiro dormir, não se consegue sair do lugar sem acordá-lo.

Bom sonhos!!!



E por falar em acordar, me lembrei do graaande carrasco de viajar de ônibus. O problema do banheiro. Sempre, sempre, sempre procure ficar o mais longe possível dele. Acho que não preciso dizer o porque!!

Busão, bumba, bus, grandão, budega, cata jecas.. seja lá como você o chama, tenho certeza que você tem uma boa história com ele!!

terça-feira, 16 de novembro de 2010

MARAVILHOSA CIDADE

Como Carolsinha Pelloso me pediu, este post é um especial sobre o Rio de Janeiro. Fazer um texto sobre a minha cidade predileta (não desmerecendo a minha Paulicéia Desvairada) estava em meus planos desde que criei esse blog. Então bonde, curte aí o lance siniXtro (e pra Carol, boa-viagem)!

Se eu tivesse que definir o Rio de Janeiro em uma palavra, seria: ESPETACULAR!!!

Como diz a Marcinha, eu sou a paulista mais carioca que ela conhece, rs. Ela diz isso porque eu literalmente me jogo naquela cidade. Não ando de táxi de jeito nenhum.

Uma das coisas que me dá mais prazer é chegar em Santos Dumont, pegar meu carrinho e dirigir por aquele Aterro do Flamengo só admirando a Urca. O Rio é todo lindo, mas pra mim, se existe uma vista divina é exatamente a do Aterro, empatado com a vista que se tem da saída do túnel do Joá, sentido São Conrado. UAU!! Dá até pra ter prazer em pegar um transito por ali (e pega, diga-se)!


Vista da Urca do Aterro do Flamengo

Todos nós sabemos da velha rixa entre paulistas e cariocas. Mas eu definitivamente não faço parte desse grupo. Eu ADORO os meus vizinhos. O jeito despojado de ser, descolados, sensuais, praieiros (na minha opinião é a galera que mais curte praia no Brasil) saudáveis, bonitos e sim sim, são simpáticos. Nunca tive nenhum problema, ao contrário, eles sempre me quebram altos galhos.

Mas voltando as dicas, eu já faço parte do time que vai para o Rio e passa longe dos pontos turisticos tradicionais, mas para quem nunca foi, é obrigação fazer todos aqueles passeios clichês. È sim imperdivel conhecer o Cristo e o Bondinho. A vista é linda (tanto de um, quanto do outro), o Cristo emociona.. é demais!!

Se quer curtir praia, ok. Até aceito que vá conhecer Copacabana, afinal é uma das praias mais famosas do mundo, mas um conselho que dou é não ficar em Copa pro seu banho de mar. Vá para o Leblon, tem mais gente bonita, menos gringos atrás de "mocinhas de família" e menos "mocinhas de família" atrás de gringos. Se você já estiver acima do estágio 3 de visitas ao Rio Janeiro, então vá para as praias depois do Pontal como Macumba, Prainha e Grumari.. Ai é só alegria, estique sua canga, coma seu biscoito Globo, abra sua cerveja e torre na areia!!!


Um sábado qualquer na Prainha!
Para curtir a noite, o Rio até que é bem eclético. Não como Sampa, claro, mas é. Quem quer uma balada mais eletronica (e cara) tem a Nuth na Barra, tem os inferninhos em Copa que em galera é bem divertido, tem as excelentes baladinhas na Lapa (eu gosto muito do Rio Scenarium), e claro, como eu não deixaria de citar, os ensaios das escolas de samba (pra mim, os melhores são Salgueiro e Mangueira).



Galerinha curtindo o Rio Scenarium, o espaçio é todo retrô, MPB de qualidade e gente bonita


Não podia deixar passar né? O caldeirão feeerve!!!

Quer comer? O Temaki da Nuth é bem bom, as feijucas das escolas também (eu já
disse isso aqui né, mas não custa reforçar rs), o La Mole é uma delicia, parece com o nosso Viena, se você tem bala na agulha, o bom e velho Porcão ou o Olympe (restaurante do Claude Troisgros) são ótimos. Você é uma formiga? Confeitaria Colombo no Centro. Fora que o Botafogo Praia Shopping tem uns restaurantes ali que tem uma vista divina (as comidas nem são láaaaa nada demais, mas também passam longe de ser ruins)!

Isso porque eu nem escrevi sobre o Jardim Botânico, o Centro do Rio e toda a sua história (Evinha é especialista nisso), entre tantos outros lugares bacanas.

Claro que o Rio tem seus milhões de problemas com a violência, mas sinceramente eu acho que é tanto quanto aqui em São Paulo. Não é bom dar mole ao azar. Não dê bobeira com bolsa ou janela de carro, mas tudo sem neuras. Nenhuma precaução que você não teria em São Paulo ou outra cidade qualquer.

Então, separe seu protetor solar, biquíni (ou sunga rs), máquina fotográfica e fôlego, afinal, CONTINUA ELA EXCEPCIONALMENTE LINDA, MÉRRMÃO!!

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

E AS MALAS?

Quem viaja faz: MALAS!!!

Não sei contar quantas eu já fiz e desfiz nesses últimos anos. Umas 250, 300 pelos meus cálculos.

Hoje em dia, eu arrumo minhas coisas em 15 min antes de pegar o táxi para o aeroporto. Acho até que sou a fazedora de malas mais rápida do Oeste.

Minha tática?

01 - saber quantos dias vou ficar fora.
02 - saber pra onde eu vou

Minha próxima viagem será de 10 dias onde eu vou de Fortaleza pra Porto Alegre, passando por Maceió e Joinville. Como se faz uma mala dessas?

POE DENTRO TUDO O QUE VOCÊ VER NA FRENTE!!!

Aquelas histórias de que quando você viaja para um lugar, deve-se levar uma camisa branca + um par de sapatos pretos + uma calça jeans que as revistas femininas ensinam é balela (meninos, as masculinas também fazem isso?).

Sabe quando a minha mala fica assim? rsrs N-U-N-C-A

O segredo é: Abra todas as portas do seu guarda-roupa e vá pegando as coisas pela ordem da mesma. A única regra que sigo é a de roupas íntimas: leve sempre o dobro dos dias que você vai ficar fora. Claro que roupas de cor neutra facilita e jeans é primordial. O resto é instinto e sensatez. Se eu vou a Manaus ou ao Nordeste, não vou levar um casaco. Se bem  que eu morro de frio no avião, então eu sempre vou vestida com um (ahh ta ai mais uma de avião: a P¨#%¨¨ do ar condicionado me mata). Mas na mala, jamais. Se eu estou indo para Porto Alegre em junho, nem me atrevo a levar manga curta e assim por diante.

No caso da viagem que citei acima, é levar de tudo um pouco que dá certo.

Mas não pensem que é assim fácil. São anos pra chegar a esse patamar de "qualquer coisa ta bom". As minhas amigas Sabrina e Graziela preparam mala com uma semana de antecedência. Como elas conseguem, eu não sei. Eu nunca fiz isso. Sempre acho que posso precisar de alguma coisa que esteja lá.

Além do problema de tempo e o que colocar na mala, temos o fator "espaço". Depois da minha última viagem para os EUA com o meu irmão, não há o que eu não consiga colocar num quadrado de 45X 69X 28cm.

Trouxemos literalmente a casa. Como?

Além de uma mãozinha de São Jorge pelo milagre recebido, é tirar tudo de caixa, desmontar o que dá, colocar coisas dentro de outras, usar aqueles sacos que você tira o ar com aspirador de pó e ele reduz o volume de roupas (por sinal, eu agora tenho um estoque, quem quiser eu vendo baratinho rs) e uma mala (muito) resistente.

Senta em cima que dá!!!




Resumindo todo esse blá blá blá, o segredo de uma boa mala é que não tem segredo. Não adianta fazer com uma semana ou a 15 min pra embarcar. Você SEMPRE vai esquecer alguma coisa, você SEMPRE vai achar que poderia ter levado aquela roupa e você SEMPRE vai voltar com metade dela sem usar.

Então meu bem, relaxa e curta a viagem (ou bom trabalho).

Ahh dica: Compre um saco de TNT pra roupas sujas, facilita muito na hora de desfaze-la rs.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

E VIVA SANTOS DUMONT


Muitos sabem da minha relação de amor e ódio (muito mais ódio, diga-se) com avião. E não digo isso porque tenho medo de voar, ao contrário, digo isso pelo desconforto que é viajar pelo "passarinho de ferro".
A 50 anos atrás, viajar de avião era para quem podia. Os aeronaves possuíam poucos assentos e haviam serviço de bordo requintado.

Nos tempos "modernos", a coisa mudou de figura. Devido ao valor mais acessível e uma grande demanda, os aviões deixaram esse glamour de lado pra ganhar mais assentos. Sai o requinte, entra o aperto.

Num embarque, é fácil identificar quem nunca voou ou quem voa poucas vezes. É um tal de tira foto no finger, e entra saltitante no avião e sorri pra todo o mundo. Uma festa!

Até fazer isso 30 vezes ao ano.

Quando os funcionários das Cias. Aéreas chamam os passageiros, o texto deveria ser: Lata de Sardinha Tam 3089 com destino a Recife, embarque no portão 6. Última chamada.

Exemplifiquei com a Tam, mas pode exemplificar com qualquer outra. Voos internacionais conseguem ser pior ainda, isso claro, pra quem viaja de "favela-class" (nunca vou esquecer isso Luzi).

Nada é mais constrangedor do que entrar no avião, ver todos os bonitinhos da primeira classe confortavelmente sentados, depois a executiva e por fim nós, os "pobrões de economica" tudo se espremendo no fundão. É uma beleeeeza =S





E eu nem considerei o projeto de viajar em pé...

Ônibus de linha consegue a proeza de ser mais confortável. Eu me lembro dos meus tempos de Pirituba/Itaim Bibi onde eu bem que conseguia tirar um cochilo. Fala pra dormir naquela cadeira minúscula e reta? (porque falar que aquilo inclina, ta de brincadeira comigo).

E os efeitos colaterais? Você incha ou fica como eu, parecendo um dálmata, cheia de manchas na pele causada pela má circulação. Seu ouvido dói e suas costas também.

Isso sem levar em consideração todo o processo que é. As cias. aéreas poderiam distribuir um check list pra galera, né?
  • Chegar no aeroporto;
  • Ficar na fila do check-in;
  • Fazer check-in;
  • Ir pra sala de embarque;
  • Passar pela policia federal e seus amados raioX;
  • Rezar para que seu voo saia no horário ou que você não esteja no portão 25 e "reposicionem a aeronave" para o portão 1;
  • Pegar fila pra entregar o bilhete e a identidade;
  • Pegar fila pra entrar no avião;
  • Passar naqueles corredores da aeronave sem bater em ninguém (ou o menos possível);
  • Rezar para que tenha lugar para colocar a bagagem de mão;
  • Socar sua mala de mão num cantinho;
  • Sentar;
  • Apertar o cinto;
  • Ver os coitados dos comissários fazendo todos aqueles procedimentos ridículo;
  • Subir;
  • Rezar pra não cair;
  • Afrouxar o cinto;
  • Comer;
  • Apertar o cinto, fechar a mesinha e "subir" o banco;
  • Aterrisar;
  • Conseguir sair do avião;
  • Ir até a esteira;
  • Esperar pacientemente pela sua mala;
  • E finalmente ir embora.
Não desconsidero em hipótese alguma o mérito do bigodudo de chapéu branco, ao contrário, fico imaginando eu fazendo um Movie Day em Manaus de onibus e barco... quando eu chegasse, o filme teria saído de cartaz. Mas hoje, voar é o meu maior exemplo de mal necessário.